Cursei medicina na Universidade Estadual do Ceará, estado onde nasci, e, ainda na graduação, me interessei pela área da Neurologia e Genética. Como acadêmico, desenvolvi projetos de pesquisa no laboratório de genética, utilizando técnicas de diagnóstico genético de doenças neurológicas da infância, como a Atrofia Muscular Espinhal.
O interesse pela área pediátrica surgiu ao longo do curso, por inspiração de grandes professores da área. Desde cedo comecei a aprimorar a habilidade de comunicação com os pais. Acredito que o essencial, na área pediátrica, seja a capacidade de explicar em detalhes e esclarecer as dúvidas dos pais acerca do quadro da criança. Isso caracteriza a minha forma de trabalho.
A paixão pela Neurologia e as habilidades pediátricas me deram a certeza de que essa seria minha área de atuação.
Dentro da Neurologia Infantil, optei por prosseguir me aprimorando nas áreas de Epilepsia, Eletroencefalografia e Medicina do Sono, o que configura a especialidade de Neurofisiologia clínica.
Com o passar dos anos, passei a me especializar na área de desenvolvimento e comportamento infantil, com ênfase no Transtorno do Espectro Autista. Atualmente, faço pós-graduações nas áreas de tratamento do TEA, com intuito de poder garantir as recomendações adequadas e individualizadas de tratamento para crianças com esse diagnóstico.
Uma característica pessoal é de gostar de explicar em detalhes o processo de investigação, os critérios diagnósticos e os tratamentos. Penso que trabalhar em pediatria é muito sobre o quanto conseguimos empoderar os pais sobre o conhecimento acerca do que o filho apresenta.